ESTRANHA FORMA DE VIDA - Capítulo 4

25-10-2014 02:54

Capítulo 4 – CANSAÇO

Se o ano de 2012 foi de ouro, o mesmo não se pode dizer de 2013. Nos sítios informativos, o Mundo do Hóquei publica as suas últimas notícias. “A temporada 2010/2011 foi muito complicada. Apesar de ter começado a temporada a todo o gás, com muita motivação, uma série de acontecimentos marcantes na minha vida pessoal fez com que tivesse de estabelecer prioridades, pelo que já em Janeiro de 2011, apesar de nunca ter abrandado o ritmo a que as notícias eram publicadas, já me tinha decidido a terminar com o sítio no final da temporada. Em 2011/12, o Pedro Alves manteve o sítio mais ou menos ativo mas, devido à sua falta de tempo livre, contactos e, sobretudo, conhecimentos sobre a modalidade, o Mundo do Hóquei começou a ficar cada vez mais desatualizado, até que acabou por ficar inativo, já na temporada 2012/13”, explica Nélson Alves, lembrando que, actualmente, existe um grupo no Facebook denominado de Mundo do Hóquei e que conta com mais de 4000 membros, continuando a fazer um trabalho semelhante ao do sítio, ainda que com as suas especificidades.

Para além de um dos sítios mais famosos do hóquei português ter desaparecido, também a Física TV e a PA TV encerraram a actividade em 2013. Nos três casos, as razões são idênticas. No caso das TV’s, o total desinteresse das direcções dos respectivos clubes, acompanhada da ausência de patrocínios, também este o aspecto principal para o fim do sítio de Nélson Alves. “As plataformas estagnaram, já não há mais nada para crescer. São precisas mais câmaras, mais pessoas e mais grafismo, ou seja, mais qualidade e consequentemente maior financiamento, que não existe. A Federação não nos apoia e muito menos as Associações”, diz Luís Gomes.

Os sítios e as TV’s não estão sós, são feitos por seres humanos. Usualmente, cada sítio tem apenas uma pessoa e as TV’s não são muito diferentes em termos de coordenação. Significa isto que, quando algo acontece a essa pessoa, como o cansaço ou problemas relacionados ou não com o hóquei, a plataforma ressente-se. São factores que também contribuíram para o fim do Mundo do Hóquei, mas também para uma queda acentuada do hoqueipatins.pt, mantido nos inícios de 2013 pelos colaboradores mais chegados, Brunim, Ricardo Paulino e Mário Duarte, dado que o administrador, Pedro Jorge Cabral, não estava em boas condições de saúde.

AS NOVIDADES DE 2014
As boas-novas de 2014 não são muitas mas, pelo menos, são boas. De realçar o reaparecimento do hoqueipt e com uma nova concepção: dar espaço à opinião, contando também com um espaço informativo. Ao nível da TV ‘online’, apesar dos desaparecimentos da Física TV e da PA TV, de salutar a criação da Planeta TV - administrada por Gonçalo Gomes, fundador da Física TV – na transmissão dos jogos da equipa sénior do Sporting de Torres, da terceira divisão nacional. Também o hoqueipatins.pt que havia tido uma ligeira queda no ano anterior, voltou às velhas formas, melhorando inclusive o seu painel informativo. Do ponto de vista oficial, de destacar a aposta feita pela CERH em muitas das pessoas que, de forma independente, têm levado o hóquei a todos os lares nacionais. Ainda assim, trata-se de um investimento muito reduzido. “A CERH não tinha uma produção própria e agora já tem. Aumentámos a qualidade da imagem e o grafismo, colocando por exemplo o cronómetro. Fazemos resumos de cada parte dos jogos, quer no intervalo quer no final do jogo. É apaixonante e um prazer muito grande levar o hóquei até às pessoas”, refere Pedro Jorge Cabral que, juntamente com Brunim têm transmitido os últimos campeonatos europeus de camadas jovens, com a ajuda de Miguel Bastos no último europeu de Sub-20. “Tudo isto surgiu de uma mega operação que montámos para as finais a quatro de infantis e juvenis 2014, realizadas em Barcelos. Fizemo-lo a convite do Miguel Bastos e foi depois disso que a CERH nos convidou”, explica.

E O FUTURO?
Em termos oficiais, Federação e associações têm passado completamente ao lado da questão mediática, à excepção da APL TV, da Associação de Patinagem de Lisboa. E desta vez não é o pessimismo de Antero de Quental, mas sim de todos os intervenientes nesta peça. Quando questionados sobre o futuro, veem pouca evolução da parte de quem devia - Federação e associações - mas também na aquisição de apoios financeiros e consequentemente materiais. Muitos pensam que a Federação nunca fará o trabalho que os ‘anónimos’ fazem, e assim, tudo que está a ser realizado cairá no vazio. Aqui ficam os balanços dos últimos anos e perspectivas de futuro, dadas por cada um dos intervenientes desta peça:



Pedro Jorge Cabral – hoqueipatins.pt

“Estes projectos estão condenados. As pessoas cansam-se. Tudo é feito por carolice e prazer, mas não deixa de ser um desgaste muito grande. Não tenho sábado e domingos há muitos anos.

Quanto à Federação, promete há muito tempo um programa igual ao da Federação espanhola em termos de acompanhamento de jogo mas até hoje não se vê nada. Cometem o erro de querer construir tudo ao mesmo tempo, mas as coisas devem ser elaboradas de forma progressiva, como é evidente. É uma instituição de utilidade pública, logo, é obrigatório promover a modalidade, dar a conhecer os resultados e as classificações das competições, ter um boletim de jogo logo após o fim do mesmo. Não me agrada ouvir a conversa de que não fazem isso apenas porque não nos querem tirar protagonismo. É evidente que não teria sentido continuar com o meu sítio se a Federação fizesse o seu trabalho, mas seria esse o dever dessa instituição.

Nunca pensei que o meu sítio chegasse à dimensão que hoje tem. Tento chamar os amantes da modalidade e beneficiar todos. Quando há paixão no que fazemos a qualidade vem ao de cima. Temos uma união muito grande de muita gente, são milhares de pessoas que nos ajudam de forma espontânea e cheias de prazer no que fazem. Nunca esperei ter todo este ‘peso’ e visibilidade, mas isto só acontece porque a divulgação era e é muito fraca, do ponto de vista das entidades oficiais”.

José Carlos Costa – Sempre a abrir

“Os ‘anónimos’ têm realizado um trabalho que a Federação nunca foi capaz de fazer. Têm contribuído e muito para a divulgação da modalidade. Repare que, se não fosse o hoqueipatins.pt, não teríamos resultados das competições na hora. Se um dia o sítio terminar o hóquei ressentir-se-á e muito. Vejamos aquela semana em que o Pedro Jorge esteve à beira de terminar com o sítio, todos nós ficámos apreensivos porque sabíamos que, tudo a que estávamos habituados, poderia desaparecer.

A televisão pública desprezou a modalidade por completo. Só se lembram quando há grandes provas. A própria Sport TV, com cinco canais, não transmite porquê? Quer em Espanha quer em Itália as televisões públicas transmitem um jogo semanal do campeonato, em Portugal não há isso porquê? O mesmo podemos dizer da rádio, que sempre andou ‘de mão dada’ com a modalidade”.

Luís Gomes – Ex-Parede TV e PA TV

“A Federação deveria ter um canal próprio ou apoiar as plataformas independentes. Assim como a CERH que, apesar de ter uma TV ‘online’, não quer investir muito nela. Nunca tive sequer um obrigado da Federação ou da associação

Nélson Alves – Mundo do Hóquei

“Foram anos em que cresci como pessoa, tal foi o número de experiências marcantes que vivi. Conheci praticamente todo o país, fiz muitos amigos e amigas, vivi experiências que as pessoas da terra onde nasci e fui criado nunca deram valor, mas que eu sei que me enriqueceram. Quanto ao hóquei em patins propriamente dito, creio que a modalidade saiu a ganhar, pois acho que nunca se fez um trabalho tão bom, ao nível de informação, como nós fizemos. A Plurisports segue os bons exemplos que eu dei, ao nível informativo. Mas acho que não consegue inovar tanto como nós inovámos na nossa altura. Em resumo, o meu grau de satisfação em termos pessoais e ao nível do trabalho realizado é muito elevado.

É muito raro algum sítio sobre hóquei em patins tornar-se numa referência. O mercado é muito reduzido, não há patrocínios e, mesmo quando há, não há ‘jornalistas’ com qualidade e tempo livre para desenvolverem um bom trabalho. Acho que alguns clubes estão a fazer um bom trabalho, apesar de agora, com o Facebook, eu achar que é tudo muito mais fácil. Numa altura em que os jornais desportivos diários têm pouco espaço para o hóquei em patins, a única alternativa para chamar adeptos para a modalidade é a informação ‘online’. O regresso em força, passados alguns anos, do hoqueipt, é um aspeto positivo ao nível da informação. Isto para não falar da continuação de projetos como o do Francisco Gavancho (Cartão Azul), Pedro Jorge Cabral (hoqueipatins.pt), Miguel Bastos (Hóquei Minhoto) e do já referido Plurisports (administrado por Carlos Martins), entre outros.

Pessoalmente, não gosto das transmissões ‘online’ via streaming, pois não se tem apostado na qualidade. Para mim, não basta só meter uma câmara a transmitir jogos. Há que apostar em grafismos apelativos, bons relatos, e sobretudo, haver visitantes suficientes para que cada projeto valha a pena. Como aspeto positivo, destaco a CERH TV, já que, há uns anos, era praticamente impossível saber-se os resultados de sorteios ou dos jogos de competições europeias, problema esse que já não existe atualmente.

Por isto tudo, é óbvio que a modalidade só tem a ganhar com a informação ‘online’, sejam quais forem os projetos. Como aspeto negativo, continuo a achar que devia haver mais destaque para os países lusófonos, já que Brasil, Angola, Moçambique e Macau têm que ser incentivados a continuar a lutar pela sobrevivência do Hóquei em Patins nesses países. E essa é uma falha que não foi colmatada, desde que deixei o Mundo do Hóquei.

Em relação ao trabalho dos clubes e da Federação, vamos ser pragmáticos: o hóquei em patins não é um produto bem vendido. Os próprios clubes, que suportam grande parte das despesas inerentes à prática da modalidade, não têm uma abordagem ambiciosa e positiva do hóquei em patins. É certo que os meios são diminutos e que não há muita gente com tempo livre, meios financeiros ou vontade de ajudar. Mas há sempre alguém que possa ajudar, desde que seja cativada para tal…

Quanto à Federação de Patinagem de Portugal, acho que os meios de comunicação social só têm a ganhar ao cooperar com a Federação. Ou até mesmo com as Associações de Patinagem. Ficaríamos todos a ganhar se, em vez de só haver criticas ao que se faz, houvesse um debate de ideias, boa comunicação entre todos, etc.

Acredito no bom trabalho que está a ser feito pela atual direção da Federação de Patinagem de Portugal, nos últimos anos, mas acho que se pode sempre fazer mais e melhor. Se existe um Gabinete de Imprensa, onde está o trabalho feito? Porque não se investe num jornalista a tempo inteiro (com carteira profissional, como é óbvio), um funcionário da Federação, com um bom salário, que possa trabalhar a qualquer hora e ao fim-de-semana, motivado e com meios para fazer um bom trabalho? E porque não apostar em bons fotógrafos, que possam tirar bons “bonecos” de patinagem de velocidade, patinagem artística e, claro, hóquei em patins?

E porque não, “copiar” o que de bom se faz, na Federação Portuguesa de Futebol, Federação de Andebol de Portugal e, apesar de alguns problemas que existem atualmente, até mesmo a Federação Portuguesa de Basquetebol? Sabem os adeptos de hóquei em patins, que os sites das três entidades que referi são excelentes, do ponto de vista de conteúdos, disponibilização de informação e de inovação?

Deixo bem claro, no entanto, que se devem separar bem as águas. Se um projeto é ‘privado’, nasce da iniciativa pessoal de uma ou várias pessoas, deve crescer cooperando com as entidades oficiais, mas sem nunca esperar ‘benesses’. Apoio a ideia do cartão de livre trânsito, mas preferia que a Federação de Patinagem de Portugal apostasse numa parceria com o CNID, para ‘obrigar’ todos os que são ‘amadores’ a tornarem-se jornalistas de verdade, com carteira profissional ou, em alternativa, procurarem patrocínios suficientes para se manterem ativos e com qualidade durante muito tempo.

Outra situação é a dos clubes: tenho a certeza de que, se todos os clubes se organizassem e deixassem de ser ‘amadores’, muita coisa mudaria no desporto português, e no hóquei em patins, nem se fala! No que diz respeito à informação, tenho a certeza de que quase todos os clubes com alguma dimensão têm um pai ou um jogador que possa fazer este tipo de trabalho, se devidamente apoiado e motivado. A Federação - e as associações - devem ter um papel institucional, e creio que há muito a fazer, mas acho que apesar de tudo, a Federação de Patinagem de Portugal está no bom caminho.

Para quem tiver memória curta, termino relembrando algo muito mau e que não deve repetir-se: o Pedro Jorge Cabral foi multado em 900€, por ter feito umas determinadas declarações sobre o presidente da Federação, Fernando Claro. Nada contra a Federação, mas quando esta entidade se preocupa mais em multar uma pessoa como o Pedro Jorge, que dá tanto de si em prol da modalidade, ficamos com a certeza de que há ainda muito a mudar”.

Tiago Silva – Besthóquei

“O balanço é positivo, o projecto já tem quatro anos e conta com mais de 250 mil visitas o que é sempre bom. Nem sempre a recolha de informações sobre cada jogo é fácil para a elaboração do artigo e se não fosse o sítio hoqueipatins.pt seria impossível. 

Penso que os clubes deviam apostar mais na tecnologia e tentar disponibilizar as informações dos seus jogos. O futuro também passa pela ajuda da Federaçao que até agora tem sido pouca aos ‘media’ da blogosfera. Por outro lado, a Federação também deveria apostar na internet como se faz em Espanha.

Gonçalo Gomes – Ex-Física TV, actual Planeta TV

“A existência deste tipo de plataformas permite maior acesso a jogos com menos visibilidade. As modalidades precisam da vertente do espectáculo, precisam de ter ídolos, para poder haver mais adeptos e mais praticantes deste desporto tão tradicional e histórico do nosso país. Não sabemos o que nos reserva o futuro mas, se a Federação e as associações de patinagem continuarem a pensar do mesmo modo, o mais provável é termos jogos com pavilhões vazios, porque a informação tornar-se-á escassa para os adeptos da modalidade e o mesmo se poderá dizer da possibilidade de poderem ver ou rever golos e/ou resumos de jogos. Tudo isto acontece num país onde o hóquei em patins tem dos melhores intérpretes do mundo dentro das pistas! Já no dirigismo… podíamos estar melhor servidos…”

 

Miguel Bastos – Hóquei Minhoto

“A sua continuidade do meu blogue é feita com a ajuda de grandes amigos do hóquei em patins que, sempre que solicitados, nunca fecham a porta ao Hóquei Minhoto. Caso contrário o blogue já teria encerrado. É sinal de que o seu trabalho é reconhecido. São muitas horas perdidas, muitos fins-de-semana sem família, muitas viagens, mas felizmente nunca me foi barrada a entrada em nenhum pavilhão minhoto ou de outra região”.

 

Francisco Gavancho – Cartão Azul

“Se pegarmos num jornal desportivo aparece uma ou outra breve sobre hóquei nas últimas páginas, quando aparece. Transmissões televisivas são raras e a maior parte em canais de clubes na TV por cabo, com a agravante de uns serem difundidos por uma operadora de telecomunicações e outros por outra. Alguns jornais e rádios locais vão dando alguma informação mas não podem alargar-se porque o espaço é pouco e têm mais assuntos para tratar. Assim, a maior parte da informação passa pela internet mas mesmo assim há dirigentes de clubes, felizmente poucos, que boicotam blogues porque só querem notícias favoráveis. Gostava de ter um patrocinador mas nunca consegui arranjar. Nestes sete anos de existência tive um milhão e cem mil visitas, publiquei cinco mil notícias e tive doze mil comentários de seguidores. Quatro mil foram recusados devido à linguagem utilizada”.
 

Diogo Nunes – TV Hóquei HD

“O objectivos futuros da TV Hóquei HD passam por abranger mais clubes (caso alguém esteja interessado que nos contacte pelo Facebook oficial), passar a transmitir em directo e, por fim, arranjar apoios.

Quanto à modalidade, deve a sua vida, ao nível público, a todas as plataformas web em que é divulgado. Acredito que, se há uns anos atrás não tivesse existido um certo grupo de pessoas apaixonadas pela modalidade, o hóquei em patins estaria ainda pior do que já esteve. Pessoas como o Luís Gomes e Pedro Jorge Cabral, na minha opinião os mais importantes nessa época algo negra do hóquei em patins, vieram levantar o ânimo e ajudar a modalidade de forma soberba. Também existem outras pessoas que, através de outras plataformas informáticas, vieram colocar de novo a modalidade na cabeça das pessoas e demonstrar que e mesma está viva e cheia de saúde e com uma enorme vontade em andar para a frente e evoluir.

A nível de futuro e com os dias que correm, parece-me que, infelizmente, terão de ser os mesmos, mais uma vez, a continuar a ajudar e a fazer evoluir, cada vez mais, a modalidade. No entanto, são necessários mais apoios, sobretudo ao nível financeiro e de equipamento, pois já são inúmeros os anos onde estas pessoas fazem tudo por sua conta, sem qualquer tipo de apoio, e tudo terá o seu final. A única coisa que estas pessoas ganham é o gozo de ajudar uma modalidade que tanto amam. Digo isto pois a Federação tem dado os recursos às pessoas erradas e que pouco fazem pela modalidade, sobretudo ao nível de transmissões televisivas. Naturalmente que é positivo A Bola TV transmitir jogos mas é preciso termos em conta que só quem TV por cabo e da MEO poderá assistir. Logo, se a Federação tem dinheiro para pagar uma transmissão por jornada à A Bola TV, não poderia apoiar também as outras TV’s ‘online’ que transmitem os jogos da primeira divisão, principalmente? Já para não falar das divisões inferiores, ter todas as condições para transmitir os jogos de cada jornada, em direto, num canal ‘online’ onde fosse possível escolher o jogo que quiséssemos ver?

Será muito mais caro ter um jogo por jornada na RTP2, já para não falar na RTP1, pois sempre que transmitem um jogo, quer seja de clube ou selecção, têm sempre muito boas audiências? Será que a RTP, independentemente do canal, não quer ter algo na sua programação que lhe dê sempre grandes audiências?

Por tudo isto, acho extremamente urgente que a Federação resolva estes problemas, pois a carolice pode durar muito mas também tem limites e acho que esses limites estão, aos poucos, a surgir. Está na hora de a Federação resolver este enorme problema das transmissões televisivas d’A Bola TV que, apesar de fazer calar alguns, não faz calar todos. Eis muitos dos problemas: som, tempo de jogo, má colocação das camaras laterais e pouca qualidade nas repetições. É urgente olhar para estes problemas ‘com olhos de ver’ e rapidamente, caso contrário podemos vir a entrar num novo período negro do hóquei em patins, para minha infelicidade”.